"Com autoria de Fernando Pacheco Torgal e Said Jalali foi recentemente concluído o livro A Sustentabilidade dos Materiais de Construção. Esta obra assenta numa extensa revisão da literatura científica e técnica nas diferentes vertentes da sustentabilidade dos materiais de construção e insere-se na prossecução das metas fixadas pela União Europeia no sentido da redução do consumo de energia e de diminuição de resíduos para o parque edificado.
Aborda, entre outros temas, o desenvolvimento e a construção sustentável, a toxicidade dos materiais de construção, os materiais que contribuem para a redução do consumo e energia incorporada nos mesmos, os resíduos de construção e demolição (RCD) e os agregados, ligantes e betões.
Possui um total aproximado de 850 referências bibliográficas, sendo patrocinada pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), Instituto da Construção e do Imobiliário (INCI), Empresa de Desenvolvimento Mineiro SA, STAP Reparação Consolidação e Modificação de Estruturas SA, Associação Nacional dos Industriais da Pré-fabricação em betão (ANIPB), Associação Portuguesa das Empresas de Betão Pronto (APEB), VIROC Portugal – Industrias de Madeira e Cimento SA e Lafarge Betões SA."
Aborda, entre outros temas, o desenvolvimento e a construção sustentável, a toxicidade dos materiais de construção, os materiais que contribuem para a redução do consumo e energia incorporada nos mesmos, os resíduos de construção e demolição (RCD) e os agregados, ligantes e betões.
Possui um total aproximado de 850 referências bibliográficas, sendo patrocinada pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), Instituto da Construção e do Imobiliário (INCI), Empresa de Desenvolvimento Mineiro SA, STAP Reparação Consolidação e Modificação de Estruturas SA, Associação Nacional dos Industriais da Pré-fabricação em betão (ANIPB), Associação Portuguesa das Empresas de Betão Pronto (APEB), VIROC Portugal – Industrias de Madeira e Cimento SA e Lafarge Betões SA."
Fonte: Engenhariacivil.com
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Aproveito para reproduzir um breve extracto do capitulo introdutório:
1.1 Enquadramento
“No fundo da China existe um mandarim mais rico que todos os reis...Dele nada conheces, nem o nome, nem o semblante, nem a seda de que se veste. Para que tu herdes os seus cabedais infindáveis, basta que toques essa campainha... Ele soltará apenas um suspiro...Será então um cadáver: e tu verás a teus pés mais ouro do que pode sonhar a ambição de um avaro. Tu, que me lês e és um homem mortal, tocarás tu a campainha?”
Eça de Queirós in “O Mandarim”
Corria o ano de 1880 quando foi publicado o livro “O Mandarim”, da autoria de Eça de Queirós. Nele o escritor fala do dilema de um indivíduo que poderá ficar imensamente rico se aceitar viver com o facto de que essa opção implicará a morte de alguém; alguém que ele não conhece e que nunca viu residindo nos confins da China. Enunciado pela primeira vez em 1802 pelo escritor François-René de Chateaubriand o “paradoxo do mandarim” como ficou conhecido, coloca em evidência as implicações morais relacionadas com as consequências que as nossas acções podem trazer a terceiros. A versão moderna deste dilema é nos trazida por Singer (1997) já que de acordo com este autor, Professor Catedrático de Ética Aplicada na Universidade de Princeton, um condutor de um jipe num país ocidental pode ser responsável (ainda que de modo indirecto) pela morte de um camponês no Bangladesh, ao contribuir com um elevado nível de emissões de CO2 para as alterações climáticas que provocam o aumento do nível das águas naquele país causando a ruína das suas colheitas e a disseminação de doenças tropicais.
Entendem os autores que a este respeito também teriam algum nível de culpa se por omissão nada fizessem, sabendo como sabem que o sector da construção é responsável por elevados impactos ambientais, não só em termos de emissões de carbono como também de consumo de recursos não renováveis e da produção de resíduos banais e perigosos. O presente livro constitui por isso um pequeno contributo na consciencialização dos leitores relativamente ao facto do Planeta Terra enfrentar hoje um desafio ambiental cuja falta de resolução ou adiamento, poderá vir a ditar o fim da civilização humana tal como a conhecemos. É assim imperativo no que aos materiais de construção diz respeito que se desenvolvam novas práticas e se tomem novas atitudes, pois que o passado e mesmo o presente já comprovaram a ineficácia das actuais.
Capa e contracapa:
http://img710.imageshack.us/img710/2330/pachecotorgaljalalisust.jpg
1 Introdução
1.1 Enquadramento
1.2 Desenvolvimento Sustentável
1.3 Construção Sustentável
1.4 O Papel dos Materiais de Construção
1.5 Conclusões Gerais
1.6 Referências
2 Toxicidade dos Materiais de Construção
2.1 Enquadramento
2. 2 Tintas, Vernizes e Materiais para Preservação de Madeiras
2.2.1 Tintas e Vernizes
2.2.2 Materiais para Protecção de Madeiras
2.3 Materiais Plásticos e Colas Sintéticas
2.3.1 Materiais Plásticos
2.3.2 Colas Sintéticas
2.4 Materiais Tóxicos em Caso de Incêndio
2.5 Materiais com Substâncias Radioactivas
2.6 Materiais contendo Amianto
2.7 Chumbo em Redes de Abastecimento de Água
2.8 Importância dos Ensaios de Lexiviação
2.9 Conclusões Gerais
2.10 Referências
3 Materiais e Energia
3.1 Enquadramento
3.2 Energia Incorporada nos Materiais
3.3 Emergia
3.4 Materiais que Contribuem para a Redução do Consumo
3.4.1 Isolamentos Térmicos Correntes
3.4.2 Isolamentos Térmicos à Base de Materiais Naturais e Resíduos
3.4.3 Isolamentos Térmicos de Elevado Desempenho
3.4.4 Materiais de Mudança de Fase
3.5 Conclusões Gerais
3.6 Referências
4 Resíduos de Construção e Demolição
4.1 Enquadramento
4.2 Regulamentação
4.3 Plano de Prevenção e Gestão - PPG
4.4 Quantificação de RCD
4.5 Demolição, Desconstrução, Triagem, e Reciclagem
4.6 Conclusões Gerais
4.7 Referências
5 Agregados, Ligantes e Betões
5.1 Enquadramento
5.2 Betões Contendo Resíduos Pozolânicos ou Hidráulicos
5.3 Betões com Agregados Reciclados e outros Resíduos
5.4 Betões com Capacidade Sensora
5.5 Gessos Sintéticos
5.6 Ligantes Obtidos por Activação Alcalina
5.7 Conclusões Gerais
5.8 Referências
6 Unidades para Alvenarias
6.1 Enquadramento
6.1.1 Introdução
6.1.2 Considerações Prospectivas sobre a Construção em Alvenaria
6.1.3 Desempenho Ambiental sobre as Industrias do Sector
6.2 Tijolos Cerâmicos com Incorporação de Resíduos
6.3 Blocos não Cozidos
6.4 Unidades com Novos Formatos
6.5 Conclusões Gerais
6.6 Referências
7 Materiais Compósitos com Fibras Vegetais
7.1 Enquadramento
7.2 Características e Propriedades das Fibras
7.3 Betões e Pré-Fabricados com Fibras
7.4 Conclusões Gerais
7.5 Referências
8 A Sustentabilidade da Construção em Terra
8.1 Enquadramento
8.1.1 Panorama actual
8.1.2 Técnicas construtivas
8.1.2.1 Monolítica
8.1.2.2 Por Unidades
8.1.2.3 Por Enchimento e Revestimento
8.1.2.4 Taipa
8.1.2.5 Adobe
8.1.2.6 BTC
8.1.3 Selecção de Solos
8.1.4 Durabilidade
8.2 Vantagens Ambientais
8.3 Conclusões Gerais
8.4 Referências
9 Durabilidade de Materiais Ligantes
9.1 Enquadramento
9.2 Patologia e Durabilidade
9.3 Prevenção e Reabilitação
9.3.1 Betão
9.3.2 Revestimentos de Edifícios Antigos
9.4 Conclusões Gerais
9.5 Referências
10 Nanotecnologia e Sustentabilidade dos Materiais
10.1 Enquadramento
10.1.1 Introdução
10.2 Materiais Auto-Limpantes
10.3 Materiais que Reduzem a Poluição do Ar
10.4 Materiais com Propriedades Bactericidas
10.5 Conclusões Gerais
10.6 Referências
11 Selecção de Materiais de Construção Eco-eficientes
11.1 Enquadramento
11.2 Analises de Ciclo de Vida dos Materiais
11.3 Rotulagem Ecológica e EPD´s
11.4 Casos Práticos
11.5 Conclusões Gerais
11.6 Referências
Agradeço a informação aqui colocada pelo visitante anónimo. Esta é uma obra bastante completa e há muito esperada no panorama português. Definitivamente, uma daquelas compras indispensáveis!
Reforçou a minha intenção de adquirir o livro!
Célia
http://animaisdeportugal.blogspot.com/2010/11/fernando-pacheco-torgal-destina-uma.html
http://www.engebook.com/2/6414/A-Sustentabilidade-dos-Materiais-de-Construcao
http://www.greensavers.pt/2011/02/14/pacheco-torgal-e-said-jalali-preparam-livro-sobre-eco-eficiencia-do-betao/
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