Há uns meses foi-me solicitado que fizesse um trabalho, ou como chamam aqui um paper, no âmbito da disciplina de POE (Post Occupancy Evaluation) inserida no programa do MSc. Tinha como única exigência estar relacionado ou directamente com o conceito do POE ou com um dos seus sub-temas: O Conforto Térmico.
Decidi então abordar a temática da Terra, como já tem vindo aliás a ser comum no decorrer do mestrado. A Taipa e o conforto térmico.
O objectivo foi então determinar se o material providencia ou não um conforto térmico aceitável e como esse facto influencia a sua utilização e habitabilidade dos espaços.
Pois bem, após algumas semanas de research não foi muita a surpresa ao verificar que os dados científicos disponíveis para esta temática em particular são muito escassos, o que não acontece para outros materiais. No momento em que escolhi o tema o meu professor avisou-me que seria muito complicado arranjar uma base científica para daí retirar qualquer conclusão. Não me demoveu claro está.
Foi então que pensei que esta talvez seja uma das causas para a falta de credibilidade do material (na opinião de alguns, claro, já que é mais do que credível para mim e muitos outros profissionais). Falta de números e dados reais que lhe confiram o devido lugar na "prateleira dos materiais de construção" disponíveis para escolha.
Eu sei, a primeira frase que nos vem à mente é qualquer coisa do género "A casas de taipa são confortáveis sim, toda a agente sabe". É de facto verdade, toda a gente sabe, e quem já experimentou os seus interiores pode afirmá-lo. Inúmeros são as publicações a mencionar exactamente este argumento, no entanto, há muito para desenvolver no ramo da investigação para que tenhamos acesso a mais do que apenas resultados subjectivos.
O conforto térmico é, nos dias que correm, quase uma ciência que utiliza escalas rigorosas de avaliação e cujos resultados são incorporados em estudos completos sobre desempenho ambiental de edifícios. Pessoas como Humphreys ou Nicol dão-nos a base para trabalharmos os edifícios de terra com o mesmo rigor, avaliando não só a sua performance mas também a sua aceitação pelos utilizadores.
Não é suficiente dizer que temos edifícios belos feitos com terra, temos também de afirmar que funcionam com o devido suporte cientifico! Trabalhemos então para que a investigação continue neste sentido.
Decidi então abordar a temática da Terra, como já tem vindo aliás a ser comum no decorrer do mestrado. A Taipa e o conforto térmico.
O objectivo foi então determinar se o material providencia ou não um conforto térmico aceitável e como esse facto influencia a sua utilização e habitabilidade dos espaços.
Pois bem, após algumas semanas de research não foi muita a surpresa ao verificar que os dados científicos disponíveis para esta temática em particular são muito escassos, o que não acontece para outros materiais. No momento em que escolhi o tema o meu professor avisou-me que seria muito complicado arranjar uma base científica para daí retirar qualquer conclusão. Não me demoveu claro está.
Foi então que pensei que esta talvez seja uma das causas para a falta de credibilidade do material (na opinião de alguns, claro, já que é mais do que credível para mim e muitos outros profissionais). Falta de números e dados reais que lhe confiram o devido lugar na "prateleira dos materiais de construção" disponíveis para escolha.
Eu sei, a primeira frase que nos vem à mente é qualquer coisa do género "A casas de taipa são confortáveis sim, toda a agente sabe". É de facto verdade, toda a gente sabe, e quem já experimentou os seus interiores pode afirmá-lo. Inúmeros são as publicações a mencionar exactamente este argumento, no entanto, há muito para desenvolver no ramo da investigação para que tenhamos acesso a mais do que apenas resultados subjectivos.
O conforto térmico é, nos dias que correm, quase uma ciência que utiliza escalas rigorosas de avaliação e cujos resultados são incorporados em estudos completos sobre desempenho ambiental de edifícios. Pessoas como Humphreys ou Nicol dão-nos a base para trabalharmos os edifícios de terra com o mesmo rigor, avaliando não só a sua performance mas também a sua aceitação pelos utilizadores.
Não é suficiente dizer que temos edifícios belos feitos com terra, temos também de afirmar que funcionam com o devido suporte cientifico! Trabalhemos então para que a investigação continue neste sentido.
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