Nem sempre é possível identificar imediatamente um edifício de terra. Por vezes, o conhecimento dos antecedentes históricos de determinada zonas permite-nos adivinhar a composição de paredes ocultadas por reboco e tinta. Noutros casos, onde as paredes esventradas revelam o testemunho da ausência de manutenção e/ou abandono, o material e técnicas de construção utilizadas podem ser facilmente reconhecidas. Se tal situação poderá em muito contribuir para identificar as técnicas de construção em terra utilizadas em diferentes áreas do país, infelizmente é também reveladora de descuido e desinteresse pelo património arquitectónico nacional, sobretudo no que diz respeito à arquitectura de carácter vernáculo.
O aparente desapego das tradições construtivas, que de resto em muito definem a essência do nosso povo e sua cultura, não se restringe ao uso do material terra. Tornou-se igualmente comum encontrar país fora ruínas de antigos edifícios erguidos maioritariamente em pedra.
Em qualquer dos casos, é uma visão profundamente triste assistir a esta morte lenta de paredes que tantas histórias teriam ainda para contar.
Perdoem-me portanto se as imagens que vos trago hoje são portadoras dessa tristeza. A verdade é que, infelizmente, constituem exemplos de uma realidade cada vez mais frequente em Portugal... Todas as fotografias foram captadas durante as duas semanas que passaram, aquando das minhas férias por Portugal.
O aparente desapego das tradições construtivas, que de resto em muito definem a essência do nosso povo e sua cultura, não se restringe ao uso do material terra. Tornou-se igualmente comum encontrar país fora ruínas de antigos edifícios erguidos maioritariamente em pedra.
Em qualquer dos casos, é uma visão profundamente triste assistir a esta morte lenta de paredes que tantas histórias teriam ainda para contar.
Perdoem-me portanto se as imagens que vos trago hoje são portadoras dessa tristeza. A verdade é que, infelizmente, constituem exemplos de uma realidade cada vez mais frequente em Portugal... Todas as fotografias foram captadas durante as duas semanas que passaram, aquando das minhas férias por Portugal.
1 comment:
Olá Célia,concordo com tudo aquilo que referes neste post. Olho no entanto para estas imagens e vejo o tempo que estas construções já viveram e ainda vão viver, imagino as vivências e as histórias de construção e recuperação, observo os detalhes e procuro retirar ensinamentos das técnicas utilizadas e como fazer agora.
A roda não pára e sem dúvida a beleza reside nas coisas simples. Sou um optimista, olho para estas imagens e para mim constituem documentos valiosos para a arquitectura contemporânea
podendo ensinar-nos muito sobre os modos de construir e habitar casas em taipa. Temos apenas de saber mostrar aos outros o valor que nelas reside.
Estas casas dão-nos lições sobre o passado e talvez possam também dar-nos alguns conselhos para o futuro.
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