23/02/2009

A Taipa na malha urbana de Oxford


Um parque de estacionamento de apoio a uma superfície comercial, 2900m2 de terreno e uma malha urbana típica de uma cidade inglesa enquadram o cenário perfeito para o desenvolvimento de uma nova zona da cidade Oxoniana.
Ombreado por uma das ruas mais conhecidas de Oxford e uma escola primária, este terreno, encerra em si o potencial imenso de contribuir para o melhoramento da vivência desta área, não perdendo de vista o principal objectivo da criação de arquitectura Low Carbon, eliminando desta forma a descaracterização e o rótulo de "não-lugar" conferido pela utilização corrente como parque de estacionamento.

O primeiro passo, dado com o exaustivo green brief garante a futura existência deste espaço como um dos empreendimentos mais conscientes da importância da construção sustentável na cidade. Preocupações que vão muito para além do desenho passivo, farão dos futuros ocupantes dos edifícios e espaços projectados, directos intervenientes na melhoria da sua qualidade de vida, graças à utilização da terra enquanto material de construção aliada a um design atractivo e contemporâneo e a uma concepção espacial urbana consciente da importância da vivência social da zona.

A existência de habitação destinada a diferentes públicos-alvo (variando entre o estudante e a família composta por vários elementos), zonas comerciais, edifícios de carácter público, espaços verdes, home-offices, esquema de carpooling para residentes, prioridade concebida ao peão e ciclista em detrimento do acesso automóvel, redução de emissões de CO2 graças à utilização de energias renováveis e materiais locais e mesmo lotes de horta urbana são alguns dos elementos presentes no design brief que farão do projecto um verdadeiro desafio.

Interessante? É de facto bastante interessante. Será o meu trabalho dos próximos meses, como que para completar o programa do MSc, procurando reunir num trabalho final todo o conhecimento adquirido nos 2 anos do curso.
Infelizmente é um processo totalmente académico e nunca sairá do papel (nunca se sabe...), espera-se no entanto que procure representar fielmente a realidade, o que na prática significa que todo o trabalho de investigação terá de ser realizado como se de um verdadeiro projecto se tratasse.
Encontra-se numa fase relativamente embrionária mas a avançar a bom ritmo. Como já referi: é um verdadeiro desafio, mas extremamente emocionante.

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